28 de fev. de 2011

Barulho é tema da 'Reunião de Condomínio' Parte 2




o empresário Adalberto de Oliveira

É uma música de trabalho do Sidney Souza, uma música inédita, ela vai estar no próximo CD.

Sábado, 10 de outubro, 13º dia
18:30h

Acontecimentos inesperados perturbam a paz no condomínio.

“Houve um problema. Quase agora, uma pessoa nos comunicou que urinaram aqui”, mostra Marco Antônio.

“Você viu que alguém fez xixi lá na escada?”, pergunta Amissella.

“Eu vou dedurar uma pessoa em rede nacional?”, devolve um menino.

Amissella mal teve tempo de registrar o incidente no livro de reclamações. O porteiro traz a notícia: cuspiram na porta do elevador. O porcalhão teve sorte, porque a câmera de segurança estava desligada. A onda de vandalismo não para: andam esvaziando os extintores de incêndio.

“Durante a noite, não se sabe se é adolescente ou não, corta o lacre, tiram a trava e apertam o gatilho. É onde descarrega o extintor. No 14º tem dois, aconteceu essa noite, e no 9º andar também tem um cortado. É constante”, lamenta o zelador José Carlos da Silva.

Mas isso não vai ficar assim, impune. Segue a caça ao vândalo do bloco um, aquele que destruiu as portas corta-fogo do prédio. Nos próximos dias, o condomínio vai entrar com uma queixa-crime e será instaurado um inquérito policial. Moradores poderão ser chamados para prestar depoimento. Aguardem novos capítulos deste intrigante mistério.

Para Amissella Andriella Motta, a nossa voluntária, foi um dia agitado: “Eu sempre quis passar por essa experiência, mas é cansativo. Toda hora estão te interfonando para resolver isso, você corre pra lá, corre pra cá. Vai até o parquinho e fala com crianças. Não tem um tempo certo pra fazer as coisas, não é igual trabalho, que você entra às 8h e sai às 18h”.

Quem está gostando da experiência é o síndico Marcelo Bustamante. Está de folga, curtindo o filho de um ano e nove meses: “A gente conseguiu, de fato, ter um pouco mais de sossego. É quase uma sensação de férias, né?”

Mas o sábado, para os novos síndicos, ainda estava longe de terminar. É quase meia-noite: uma família fica presa no elevador. Quatro pessoas e um cachorro confinados num espaço minúsculo.

“Eu sei que o desespero é grande, mas a gente está fazendo tudo o que é possível”, avisa o porteiro.

Uma hora se passa e nem sinal do técnico chamado para consertar o elevador. Átila desce e liga para o plantão do fabricante: “Você não acha que é um descaso por parte de vocês, não? A gente paga por esse lixo de serviço. Eu exijo uma dignidade, que venha um carro em dez minutos no máximo”.

Menos de dez minutos depois, finalmente chega o técnico. Uma hora e 35 minutos de sufoco...

“A gente tentou manter a calma, né? Eu principalmente, pra deixar eles mais tranquilos”, diz o gerente de logística Adalberto de Mello.

Domingo, 11 de outubro 14º dia

Átila, Sheila, Marco Antônio e Amíssella já têm uma proposta para acabar com o barulho no salão de festas.

“Colocar isolamento acústico no salão de festas”, sugere Sheila.

“Se a gente souber quanto custa, não exatamente, mas nós estamos falando de R$ 50 ou de R$ 50 mil? Tenta achar um valor, sempre que você falar em alguma coisa. Sempre o melhor para apresentar é ‘Eu tenho uma proposta concreta, ela tem um custo baixo, e eu acredito que funciona’”, destaca Max Gehringer.

“A minha pauta ficou pelo estacionamento. Vamos tentar reivindicar ao pessoal ter vaga para os motociclistas, que aqui não tem vaga para os motoqueiros”, destaca Marco Antônio.

“Problema teu, Marco Antônio. Coloque-se no lugar do condômino”, diz Max.

“Você sabia que o seu apartamento teria uma vaga de garagem”, completa Átila.

“Quando é que o condomínio, os condôminos se interessam por alguma coisa? Quando o problema é nosso. Como é que você resolve o problema? Transforma o problema em nosso”, ensina Max Gehringer.

Átila diz que vai apelar para o bom senso dos moradores: “Eu não faço pra você o que eu não gosto para mim”.

Ele está mesmo inspirado.

“Tudo acontece, né? É a lei de smurf”, avalia Átila.


Matéria do fantástico dia 18/10/2009

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