24 de fev. de 2011

Como resolver os problemas do condomínio? Parte 2



Os barracos, os dilemas e a busca por soluções. Você está convocado para a Reunião de Condomínio!

Marco Antônio tem um carro e uma moto. E, como todo morador, apenas uma vaga na garagem.

“Pode ser que às vezes seja aberto precedente para quem tem um automóvel querer ter uma segunda vaga, o que não é certo”, diz o Síndico.

O Fantástico propôs a quatro moradores super críticos ao condomínio uma troca de papéis. Durante um mês, eles vão assumir o lugar do síndico. Quem procura defeitos agora tem que encontrar a solução.

Marco Antônio quer resolver o nó do estacionamento. Amissella Andriella Motta, de 18 anos, pede mais lazer para os jovens. Já Atila Luccese briga por investimento em segurança. E Sheila acha que faltam limites para as crianças. Juntos, os quatro voluntários vão resolver todos os problemas e pensar em melhorias para o condomínio.

As crianças, por exemplo. Todo mundo reclama delas, mas quem parou para ouvi-las?

"Não podemos fazer nada. Se corremos, tomamos advertência ou multa", conta Bianca Bhering, de 12 anos.

"Muitas pessoas reclamam. Parece que nunca foram criança", diz Lucas Ricardi, de 14 anos.

A brinquedoteca e o salão de jogos estão fechados.

"Para adulto tem academia, um monte de coisas pra eles fazer. Agora, para criança, não", reclama Bianca.

Muitas vezes, o que falta mesmo é educação. A varanda da empresária Ilma da Silva virou depósito do lixo que jogam pela janela. "É constante no meu quintal casca de banana, vidro de esmalte, pó de café. Eu tomo sol na cadeira e várias vezes lá de cima vieram enxurradas de água", conta. E isso não é o pior. A moradora conta que sempre tinha coco de cachorro na varanda. "Como o prédio é novo, as pessoas saíram das suas vilas, das suas casas, e vieram para cá sem noção do que é morar em condomínio".

De cada cinco famílias, quatro nunca moraram em condomínio antes. Adquiriram o imóvel pensando que "isso aqui é meu, então, aqui mando eu". Isso é verdade? Não! Eu não tenho um condomínio que vai se adaptar ao que eu quero; eu vou me adaptar ao que o condomínio precisa. Se cada um resolver fazer as próprias leis, as próprias regras, nós voltamos aos tempos do Velho Oeste.



http://fantastico.globo.com/Jornalismo/FANT/0,,MUL1337774-15607-323,00.html

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